2024

Desafios e Boas Práticas na Gestão de Obras Civis para Siderurgia e Mineração

Proprietários enfrentam desafios na gestão de obras civis em siderurgia e mineração, como atrasos, problemas de engenharia e custos elevados, destacando a importância do planejamento e colaboração.
Desafios e Boas Práticas na Gestão de Obras Civis para Siderurgia e Mineração

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Principais Pontos:

  • Atrasos na Entrega e Problemas com Materiais: Dificuldades com o fornecimento de materiais e orçamentos incorretos atrasam as obras e aumentam os custos.

  • Interferências e Liberação de Áreas: Obstáculos na liberação do local e interferências subterrâneas complicam o andamento do projeto.

  • Engenharia Incompleta: Projetos mal desenvolvidos e falta de coordenação entre disciplinas resultam em revisões constantes e atrasos.

  • Gestão de Preços e Quantidades: Aumento inesperado de preços e insuficiência de insumos criam desafios adicionais para a conclusão da obra.

  • Domínio Contratual: A falta de controle sobre as rotinas de gestão contratual impacta negativamente a eficiência e os resultados do projeto.

  • Postura Colaborativa: A colaboração entre todas as partes envolvidas é fundamental para o sucesso e a mitigação de problemas no projeto.

  • Boas Práticas: Inclusão de custos indiretos e clareza na fase de concorrência ajudam a evitar atrasos e sobrecargas financeiras.

Índice

A gestão de obras civis em setores como siderurgia e mineração enfrenta desafios complexos que exigem uma administração rigorosa e bem planejada. Este artigo explora as principais dificuldades enfrentadas pelos proprietários de projetos, especialmente no que diz respeito à gestão contratual, e oferece boas práticas para mitigar esses desafios.

Maiores Dificuldades do Proprietário

No contexto de obras civis, os proprietários enfrentam dificuldades significativas que podem ser categorizadas em quatro áreas principais:

  1. Materiais:

    • Atraso na Entrega ou Orçamento Incorreto: Problemas no fornecimento de materiais ou erros na previsão de custos podem atrasar o cronograma e inflacionar o orçamento.
    • Investimento Incorreto: Alocações financeiras equivocadas podem comprometer a qualidade e a continuidade do projeto.
    • Área de Armazenagem Insuficiente: A falta de espaço adequado para armazenar materiais pode acarretar danos ou perdas, além de dificultar a logística da obra.
  2. Área:

    • Liberação da Área da Obra: Obstáculos na liberação do local para início das obras, devido a questões regulatórias ou administrativas, são frequentes.
    • Interferências no Subsolo e Superfície: Surpresas geológicas ou obstáculos não mapeados podem paralisar a construção e gerar custos imprevistos.
    • Interferências com Terceiros: A interação com outras empresas ou projetos adjacentes pode causar conflitos e atrasos.
  3. Projeto:

    • Engenharia Incompleta: Projetos mal desenvolvidos, com engenharia incompleta, comprometem a execução da obra.
    • Incompatibilidade entre Disciplinas Engenheiras: Falta de coordenação entre diferentes áreas da engenharia resulta em conflitos técnicos.
    • Revisões Extenuantes: Revisões contínuas e demoradas dos planos de engenharia atrasam o andamento das obras.
  4. Preço e Quantidade:

    • Aumento de Preços: Flutuações no mercado de materiais ou mudanças nas condições econômicas podem inflacionar o custo da obra.
    • Ausência de Preços Competitivos: A falta de concorrência ou acordos desfavoráveis eleva os custos.
    • Insuficiência de Insumos: A escassez de recursos essenciais pode interromper o progresso da construção.

Grau de Domínio do Proprietário nas Rotinas da Gestão Contratual

Outro ponto crucial é o domínio que o proprietário possui sobre as rotinas da gestão contratual. Este domínio é determinado por diversos fatores, como:

  • Mobilização e Canteiro: A eficiência na mobilização inicial e na gestão do canteiro de obras é fundamental.
  • QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde): Manter altos padrões nesses aspectos é indispensável para o sucesso do projeto.
  • Recursos Financeiros: A gestão eficaz dos recursos financeiros garante a sustentabilidade da obra.
  • Medição dos Serviços: Uma medição precisa dos serviços realizados evita conflitos e ajustes contratuais posteriores.
  • Macro Planejamento e Gestão de Conflitos: O planejamento em larga escala e a capacidade de resolver conflitos são essenciais para manter o projeto nos trilhos.
  • Fundamentos Estratégicos e Gestão de Mudanças: Estratégias bem definidas e a habilidade de gerir mudanças são diferenciais para uma gestão contratual de sucesso.

Ethos do Proprietário: A Colaboração é a Chave

O ethos do proprietário, ou seja, sua postura colaborativa ou não colaborativa, pode ter um impacto significativo no andamento das obras. Um proprietário medianamente colaborativo, conforme indicado no gráfico, pode enfrentar mais desafios e entraves do que aqueles que adotam uma postura proativa e cooperativa.

Boa Prática: A Inclusão dos Indiretos na Planilha

Uma prática recomendada para mitigar problemas na gestão de obras civis é a inclusão dos custos indiretos na planilha de planejamento. Essa abordagem tem se mostrado eficaz para prevenir atrasos e sobrecargas financeiras inesperadas. Além disso, as contratadas têm adaptado suas operações às restrições impostas, ajustando as mobilizações ao volume de obras disponível.

Esclarecer dúvidas na fase de concorrência sobre a liberação das áreas e projetos contribui significativamente para evitar problemas durante a execução da obra.

Análise Exxata: Impacto da Aprovação Tardia de Aditivos de Quantidade

A análise detalhada mostra que a demora na aprovação de aditivos de quantidade, necessários para ajustes no contrato, pode causar extensões de prazo e problemas no fluxo de caixa das contratadas. Muitas vezes, as equipes de fiscalização não focam na solução desses problemas, preferindo insistir em mobilizações completas e na exigência de planos de aceleração, sem negociar prazos adequados.

Essa postura acaba forçando o contratado a adotar medidas coercitivas, como a suspensão de turnos extras e atrasos no pagamento de fornecedores, o que pode comprometer ainda mais o andamento da obra.

Conclusão

A gestão de obras civis na siderurgia e mineração envolve desafios complexos, mas com um planejamento adequado, domínio sobre as rotinas contratuais e uma postura colaborativa, é possível minimizar os riscos e garantir o sucesso do projeto. Implementar boas práticas e evitar atrasos na aprovação de aditivos de quantidade são passos essenciais para manter a obra dentro dos prazos e do orçamento estipulados.

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